........................................................................................OS VELHOS SOLDADOS NUNCA MORREM, ELES APENAS DESAPARECEM!
........................................................................................................................... (Gen. Douglas Mac Arthur)




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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

DE SOLDADO A BRIGADEIRO


Uma história incrível que teve início na década de 50, e que demonstra o valor da educação como potencial transformadora de vidas, aconteceu em Natal (RN) com um balconista de loja de tecidos no centro da cidade. Francisco Rosenélio de Carvalho nasceu em Currais Novos e órfão de pai, foi estimulado pela mãe, Maria Rosa de Carvalho, costureira, a estudar. Graças ao conselho decisivo dela, mudou-se em 1954 para a capital potiguar. Arrumou emprego e ocupava horários vagos, inclusive no período destinado ao almoço para estudar. Sonhava ser militar. Tinha a idéia de que no quartel teria possibilidade de se aperfeiçoar e crescer na vida. A aposta deu certo já no ano seguinte.
Em 1.955, ingressou como Soldado na Base Aérea de Natal. Em 56, já era Cabo depois de ser aprovado em um concurso. Em 57, mais uma prova para a Escola de Especialistas de Aeronáutica, em Guaratinguetá. Aprovação de novo. Especializou-se em sistemas hidráulicos de aviões. Formou-se Sargento. “Em toda a minha trajetória, meus chefes e meus professores entendiam que estudar era minha vida. Convivi muito com as dificuldades. Sabia que somente o estudo poderia me levar longe”. O Sargento Rosenélio não sossegou. Ao tempo que estudava os equipa mentos de aviões como o T-6, B-25, B-26, lia sem parar para prestar vestibular. “Escolhi um curso difícil. Mas não ia desistir. Já tinha me formado Sargento...”. Prestou vestibular para medicina.

Passou de primeira. Saía da Base Aérea direto para faculdade. Passava noites em claro estudando para provas. “Hoje vejo muita gente se queixando. Sempre muitos me ajudaram vendo que eu realmente estava disposto. Cinco anos depois eu já era médico. Mas eu não queria deixar a FAB”. Não deixou. Prestou mais um concurso e... aprovado para ser oficial médico da instituição. Chegou a Brigadeiro. Depois de 42 anos e oito meses de serviços à FAB, foi para reserva. Antes, ocupou chefias e direções de vários hospitais, como o Hospital de Força Aérea de Brasília e o Hospital das Forças Armadas, também sediado na capital federal.




Aos 61 anos de idade, sem a farda, se impôs um novo desafio. Prestou concurso para o cargo de médico do Ministério Público do Distrito Federal, onde ainda trabalha. Em 2009, recebeu a medalha de Cidadão Honorário de Brasília, além de outras condecorações especiais depois de mais de 50 anos como servidor público. O homem não para. Atua hoje como analista pericial da Promotoria de Justiça de Saúde do MPDF. “Tudo o que eu sou ou tenho, devo a minha família, aos estudos e à FAB. A valorização do ensino me tornou alguém melhor. Faria tudo de novo”, diz, aos 73 anos de idade. Aposentar? Nem pensar! Diz que ainda tem muito a aprender.

DURANTE TODOS ESSES ANOS FOI AMIGO DE TODOS


Fonte: Publicado na Aerovisão


Agradecemos ao Baracho por nos ter enviado essa reportagem.

Ao jovem, Cabo, Sargento, Médico e Brigadeíro Rosenélio e a sua mãe nossas sinceras congratulações.
Mas, maior que qualquer congratulação queremos agradece-lo por nos dar a oportunidade de mostrar aos jovens que uma nação se faz com homens de coragem e determinação como o é Vossa Excelência.
Acreditar, ser forte e aproveitar todas as oportunidades dão ao cidadão maior valor a suas conquistas.

Obrigado Brig. Rosenélio.